segunda-feira, 2 de julho de 2012

Consequences of love - Capitulo 2

  Capítulo 2
Lamentar uma dor passada, no presente, / é criar outra dor e sofrer novamente.   William Shakespeare. 


"TOCK, TOCK, TOCK, TOCK" Ah, você tá zuando da minha cara que alguém vai me fazer levantar AGORA, né?
- TÔ MUITO CANSADA PRA ABRIR A PORTA, ENTÃO, ATÉ OUTRO DIA! - Gritei, deitada.
- Mesmo se eu falar que eu tenho um super presente pra você? - Falou aquela voz linda que, quando entrava nos meus ouvidos, me fazia acalmar, eu reconheceria a voz de Arthur em qualquer lugar do mundo, e seria irresistível do mesmo jeito. Saí correndo com os olhos brilhando, nem lembrando mais do meu cansaço, e abri a porta.
- CADÊ? - Gritei pra ele, morrendo de curiosidade, mas a única coisa que aconteceu foi ele me abraçando forte e entrando pra dentro do quarto comigo, então continuei gritando. - Cadêêê meu preseeeente, Arthur? - Gritei, com voz de manha dessa vez.
- Seu presente é esse, pequena, um abraço bem forte do seu melhor amigo. - Disse ele se divertindo com a minha decepção.
- Ah Arthur, não quero um abraço. - Disse, meio emburrada.
- O quê? Não quer um abraço meu? - Disse ele, me soltando e fingindo estar chateado com isso, eu ri e ele também.
- Ai Arthur, só você pra me fazer rir nesse momento de SUPER cansaço. - Eu disse, me jogando na cama novamente.
- Ah pequena, que que você tem? Quando você se tranca no quarto com a arrumação é porque aconteceu alguma coisa, eu te conheço, não adianta esconder. - É, ele me conhecia bem.
- Não é nada, Arthur, só tô um pouco estressada. - Disse, me enfiando debaixo do travesseiro.
- Quando você não tá estressada, pequena? E tam... Wow! - Disse ele, e olhei rapidamente.
- Que foi? - Perguntei, um pouco assustada.
- Nada, é que... É... Bom... Nada, é... Só não sai na rua com esse short, pelo amor de Deus, ou melhor, não sai nem desse quarto com esse short. - Falou ele, olhando pro short.
- Há Arthur, qual é, tá pior que o meu pai. - Falei, deitando no travesseiro.
- É sério, Lua. - Ele falou meu nome? Meu Deus, quando ele fala meu nome é que ele tá bravo mesmo, socorro. - Não sai, promete? - Ele me olhou com aquela cara de pai tentando convencer a filha a não namorar antes dos 20 anos.
- Aff, Arthur, tá, tá, eu prometo, satisfeito? - Disse, olhando pra ele.
- Tô sim. - E abriu um sorrisão, já disse que esse sorriso dele me conquista? Ok, o que no Arthur Aguiar que não me conquista? Enquanto eu ainda estava em transe, vi ele pulando de uma vez na minha cama e me abraçando.
- Tô cansado, pequena. - Disse ele, enfiando a cara no outro travesseiro.
- Por que? - Apesar de já saber o porquê, perguntei da mesma forma, sabendo que iria me arrepender de ouvir a resposta. Ele olhou pra mim e deu um sorriso de tipo: Oi, eu aprontei.
- Hm... Eu vi que você me viu saindo, dona Luinha. - Quando ele me fez recordar o que eu vi, quis chorar, mas não podia, ele estava na minha frente. Quando eu abri a boca pra perguntar quem era a vadia, ouvimos uma gritaria lá embaixo, e pela voz, era Sop.
- SIM, SIM, SIM, SIM! Eu aceito siiiiiiim casar com você, meu amor! - Dizia Sophia, quando eu e o Arthur ouvimos isso, arregalamos os olhos e descemos correndo, não deu tempo de ver nada, só vi Sophia correndo em minha direção e me dando um suuuuuper abraço e gritando. - EU VOU CASAR AMIGA, AAA. - Eu olhei pro Micael, ele estava vermelho de vergonha, ele olhou pra mim e deu um sorrisão, e como eu conhecia o Micael muito bem, pois ele era o meu melhor amigo, depois do Arthur, claro, aquele sorriso era de muita felicidade e de muita vergonha também, mas eu tava feliz por eles, eles se gostavam muito. Abracei a Sop forte, e sorri pro Micael.
- QUE BOOOOM, AMIGA! - Soltei do abraço e sorri pra ela.
- Só tem uma coisa não muito boa que vai acontecer. - Disse Micael.
- O que? - Falei preocupada.
- Nós vamos morar sozinhos. - Disse Micael, com uma cara de preocupado pra Arthur.
- Mas sem vocês e sem... Enfim, depois a gente vê isso. - Disse Arthur, como se tivesse dito alguma coisa que não poderia.
- E sem...? - Perguntei.
- Sem eles. - Disse Arthur, apontando pra Sop e pro Micael e coçando a cabeça.
- Vou fingir que acredito nessa sua desculpinha esfarrapada, senhor Arthur. - Eu disse, me fingindo de brava.
- Não tem desculpinha nenhuma, dona Luinha. - Disse ele, dando uma risadinha e subindo as escadas. - Bom, felicidades pros dois, eu vou tomar meu banho, o dia de hoje foi cansativo e mais tarde tem mais. - Disse ele, olhando pro Micael com um sorriso safado.
- Há Aguiar, garanhão. - Disse Micael rindo, fazendo Sop rir, mas parou na mesma hora vendo a minha cara, olhei para os dois como se não tivesse nada, dei um sorriso amarelo.
- Bom gente, tô muuuuuuito feliz por vocês dois, mas tô muuuuuuuito cansada também, vou deitar um pouco, ok? - Disse isso já subindo as escadas, corri para o meu quarto com os olhos cheios de água, quando tranquei a porta, me deitei e não conseguia parar de chorar, porque não consigo entender como uma pessoa pode amar tanto a outra a chegar neste ponto, é errado, é impossível, eu tenho que parar com isso, eu vou parar com isso. Sentei-me na cama, enxuguei minhas lágrimas e liguei a TV, um tempo depois, apaguei.
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