
O próprio viver é morrer, porque não temos um dia a mais na nossa vida que não tenhamos, nisso, um dia a menos nela. Fernando Pessoa
CONTINUA...
Acordei com o despertador gritando na minha cabeça, eram 05h45min da manhã, odiava dia que eu tinha que ir pro Pub de manhã, bem, na segunda feira. Levantei, calcei minha pantufa, fui ao banheiro fazer minha higiene matinal, prendi meu cabelo e desci as escadas para tomar meu café da manhã. Sop já tinha acordado e tinha feito panquecas, eu adorava muito as panquecas dela. Ok, quem não adorava? Sophia era uma ótima cozinheira, todo mundo cozinhava bem, mas Sop era a melhor.
- Booooom dia, Sop bonitinha. - Eu disse, feliz.
- Bom dia! Motivos pra felicidade, dona Lua? - Disse Sop, sempre desconfiada.
- Nenhum, tê com preguiça do pub hoje. - Eu falei chorosa.
- Ih, me diz quando você não tá com preguiça de alguma coisa? - Perguntou Sop, rindo.
- Há-há, muito engraçado. Tá que é verdade, mas isso é só um detalhe que a gente esquece, né? - Respondi, rindo, e comendo uma das deliciosas panquecas da Sop.
- Pois é, eu sempre tenho razão. - Disse ela, rindo, Sop é a mais centrada de nós, a mais "séria", mas não tão séria. - Mas tá boa a panqueca? - Perguntou ela, ela sempre fica insegura quando é a gente que tá comendo o que ela faz.
- Me diz uma vez que sua comida ficou ruim, Sophia? - Respondi, terminando a panqueca e logo depois tomando um copo de suco.
- Ah, que bom que gostou então, é que eu sou foda. - Disse ela se gabando, já mencionei que a Sophia às vezes (lê-se sempre) se acha? Pois é, ela se acha.
- Ai senhor, tá bom Sop, eu vou caminhar e depois vou pro pub, né, fazer o quê? ODEIO SEGUNDA FEIRA! - Eu disse. Já mencionei que eu ODEIO muito segunda feira? Pois é, eu odeio. Depois disso, eu subi correndo, troquei de roupa, penteei meu cabelo, escovei os dentes, coloquei um tênis e fui fazer minha caminhada, dois meninos LINDOS, que pareciam surfistas brasileiros, ficaram olhando pra mim, e quando eu passei perto deles, um deles falou em português, achando que eu era mesmo daquele país.
- Que pena, não dá pra usar aquela cantada "Seu cachorro tem telefone?" - Um disse rindo, fazendo o outro rir, não perdi a oportunidade.
- Essa é velha, hein? - Falei rindo e continuei andando.
- Hei! Perai, você é do Brasil? - Veio ele atrás de mim, parei e olhei pra trás.
- Sou sim, vocês também, né? - Disse, sorrindo.
- Somos sim, sou Leonardo, ele o Diego, prazer. - Falou ele, sorrindo.
- E ai, como é seu nome? - Disse o Diego.
- Ahh, prazer é meu, Lua, mas podem me chamar de Luinha. - Falei, sorrindo.
- Ah, prazer Luinha, passa o telefone do seu cachorro pra gente poder se ver de novo? - Disse o Diego rindo, fazendo eu e o Leonardo rirmos também.
- Passo sim. - Eu disse, sorrindo, e passando o telefone, depois disso voltei pra casa, senão eu me atrasaria pro pub e as meninas me matariam, quando cheguei em casa, Chay estava jogando Mario com Melzinha, eles adoravam isso, eu não entendia como eles podiam ficar horas jogando isso, mas se trata de Chay e Mel, né, ri com esse pensamento, subi para o quarto, tomei banho, troquei de roupa, penteei o cabelo, calcei, escolhi uma bolsa que combinasse, peguei minhas coisas e desci, quando desci estava todo mundo lá em baixo na sala, menos Chay, que estava atrasado pois não tinha se arrumado porque ficou jogando Mario com a Melzinha.
- Chay é um lerdo mesmo. - Disse Micael, fazendo todo mundo rir.
- Bom dia, pequena! - Disse Arthur quando me viu, eu amava o jeito que ele olhava pra mim, o jeito que ele falava comigo, eu amava completamente tudo naquele ser, até os defeitos.
- Bom dia, Arthur! - Respondi sorridente. - Bom gente, tô indo, o pub me espera, BEM EM UMA SEGUNDA FEIRA! - Gritei, fazendo todo mundo rir, todos eles sabiam o quanto eu odiava a tal da segunda feira. Entrei no carro, eu amo dirigir nas ruas de Londres, não sei por que, mas acho tão bom, cheguei no pub. Aaron já estava lá, sozinho, eu tava atrasada, só agora que eu percebi. Entrei correndo e fui ajudar o coitado do Aaron, ele trabalhava com a gente desde quando abrimos o pub e já segurou muita coisa com a gente, devemos muito a ele. Quando deram 3 horas meu turno acabou, peguei minha bolsa e entrei no carro, e quando estava no caminho de casa, Amandinha me ligou pra buscá-la no trabalho, ela tinha um cargo bem importante na revista agora, já tinha terminado o curso e ficava de manhã no trabalho e às vezes ia pro pub à tarde, ela era a única que tinha dois empregos, então ela ia menos ao pub que a gente. Peguei a Amandinha no trabalho e viemos conversando, e quando chegamos em casa, me deparei com um Arthur todo arrumado entrando no carro de uma vadiazinha, toda vez que eu via isso me machucava demais, as meninas sabiam do meu amor secreto por ele e sempre quiseram que eu contasse, mas eu não vou, NÃO VOU estragar minha amizade com ele. Entrei em casa um pouco chateada, dei um oi meio xoxo pra todo mundo e subi correndo, entrei no quarto, coloquei minhas roupas no lugar, coloquei um som alto, peguei a vassoura, pano, e etc. e comecei a limpar o meu quarto, é, eu tava afogando minhas mágoas na arrumação e lutando contra as lágrimas.Mel, Sophia e Amanda já tinham batido na porta milhares de vezes, mas eu fingia não escutar, odeio ignorar minhas melhores amigas, mas em momentos assim eu prefiro ficar sozinha, as três sabem que eu não gosto de falar do que eu sinto pelo Arthur porque é um amor impossível, um amor que machuca, um amor que pode acabar com toda a amizade que nós construímos, eu amo o Arthur, amo sim, de verdade e eu sei que é amor, porque amor é uma coisa muito rara de acontecer e é uma coisa que nunca morre, que nunca é substituída, que vai deixar um ferida no seu coração pra sempre, mas ao mesmo tempo que eu amo ele, eu preciso dele, como amigo também, porque além de tudo ele é o meu melhor amigo, e é pra sempre. Então decidi continuar minha faxina, que era a melhor coisa que eu fazia no momento. Depois que acabei, tomei banho, troquei de roupa e me joguei na cama, a fim de descansar um pouco, mas quando eu deitei...
Nenhum comentário:
Postar um comentário