sexta-feira, 15 de junho de 2012

Mysteries of Love - 4º e 5º Capítulo.

4º e 5º Capítulo - Perdendo o foco
“Nossas certezas são mais perigosas que nossas dúvidas.”

Lua POV

Agora não quero nem saber do Arthur. O que é dele está guardado e fica pra depois. Agora vou me divertir, esquecer dele, esquecer do mundo, esquecer de tudo. Ir pra nova balada, aqui perto. Coloquei meu vestido mais sexy uma maquiagem forte e marcante. Logo ouvi a buzina do carro da Sophia soar e fui ao seu encontro entrando no porsche rosa dela.
- Nossa, amiga. Caprichou mesmo – Sophia disse sorrindo
- Eu sei, hoje estou vestida pra matar – eu disse sorrindo maliciosa, nem eu mesma me reconheço
- Tem algum problema o Chay nos encontrar lá? – Sophia perguntou cautelosa
- Nenhum, desde o que o Arthur não vá... – eu comecei
- O Chay não me falou nada de Arthur, ele disse que ia me chamar mesmo. Mas não disse nada que o Arthur ia. – Sophia disse
- Então, pé na tábua. Que a nova balada vai conhecer a nova Lua Blanco – eu disse sorrindo enquanto ela acelerava
Arthur POV

Hoje a noite promete, maluco HA HA HA. Vou nem que seja pra esquecer que a Lua existe, e de como o beijo dela é bom. O mulher pra me deixar maluco, hein! Se o beijo já é bom, imagina em outro lugar ... Especificandona minha cama, *risada maliciosa*
Bom, vou logo me arrumar, afinal, tratei de todos os meus assuntos hoje, o que me ocupou demais. Vou me arrumar cedo assim, pô, sou um homem vaidoso !
Depois de 2 horas me arrumando, liguei pro Chay vir me buscar. Fiquei tocando os talheres na mesa até aquele lento chegar, já mencionei que ele dirige devagar ? Hunf.

ele lento chegar, já mencionei que ele dirige devagar ? Hunf.
Chegamos na balada. As luzes piscavam sem parar, a musica era alta e contagiante, fui logo dançar com
umas gatinhas, que claro, não se comparavam a Lua, mas fazer o que né ?
Depois de um tempo dançando, percebi que Chay - que até então estava encostado no balcão bebericando
qualquer coisa - Foi ao encontro de uma menina loira. Espera aí, uma não, duas! Será que a Sophia não está
dando conta do recado ? Hum. Depois de olhar direito, percebi que ela ERA a Sophia, quando o recebeu com
um beijo. E do lado dela era ... Mas espera aí! A Lua ? Ela estava mais linda do que já era, e que beleza
hein, aquele vestido tira qualquer um do sério. Espero que ela não tenha pretendente algum.


Desconhecido observador POV

Seguir a loirinha não é nada difícil, até porque a namoradinha do bobo da corte tinha um carro rosa bem
chamativo. Fiquei no carro as seguindo de forma que eu não fosse visto ou pego.
Elas pararam na nova balada do pedaço. Elas entraram e eu esperei pra ver se o Supremo Aguiar ia aparecer
por ali. Deu uns dez minutos e o carro do bobo da corte pintou na esquina. Esperei ele passar e entrei na
balada, observando a loirinha de nome Lua.

Lua POV

Eu remexia no ritmo da batida que soava na balada, com a Sophia ao meu lado. Foi quando o Chay
chegou beijando a Sophia. Mas não foi só o Chay que tinha chegado. Ele estava lá, olhando tudo de longe.
Mas dava a impressão de que ele olhava pra mim, fixamente pra mim. Ok, tira isso da cabeça Lua! É isso que
ele quer que você pense, quer te confundir como da outra vez. Porque ele tinha que vir? AFF, ele gosta de
me perseguir! Mas quer saber? O troco que eu ia dar AMANHÃ, vou dar agora mesmo!
- Soph, vou dançar – disse perto dela por causa da música alta
- Ok, amiga – ela devolveu dançando colada com o Chay
Foi então que eu fiz, agarrei o primeiro moreno que vi na minha frente. Tasquei-lhe um beijo, não era um
beijo bom, muito menos prazeroso, mas tinha um gosto bom e doce da vingança.


Arthur POV

É a Lua ali beijando um carinha feioso ? Porque se for, não vou deixar barato. Fui no bar, peguei um
copo de vodka, e bebi tudo num gole só. Assim foram com os próximos 2 copos, até eu ir para a pista dançar.
Chegou uma morena muito bonita, e fomos dançando no ritmo da musica que era envolvente, ela se esfregava
em mim. Meu Deus, como algumas mulheres hoje são tão fáceis. Vi que Lua já beijava outro cara, fui no bar
e virei outro copo, antes de voltar para a pista e tascar um beijo na morena. Beijo horrível, por sinal.
Lua POV

O Arthur tava numa guerra declarada contra mim. Eu já nem sabia mais se beijava ou bebia. A vodka
queimava na minha garganta e eu já não estava me reconhecendo. Eu queria beijar eu não tinha controle do
meu próprio corpo. Eu beijava um dois, três, quatro. Eu perdi a conta. E quanto mais eu via o Arthur beijar
alguém, mas eu beijava. Agora eu estava com um loiro, e eu me esfregava nele da mesma forma que uma
vadia qualquer estava se esfregando no Arthur.
A Sophia me puxou me mandando parar, mas minha única ação foi empurra-la e voltar a beijar o loiro, um
beijo ruim e sem gosto, mas que estava provocando o Arthur.


Chay POV

Lua e Arthur, dois malucos ! Fala sério. Depois que os dois estavam se abraçando na balada, bêbados,alegres,
como se nunca tivessem brigado e se conhecessem a anos, lascou tudo. Eu e Sophia queriamos curtir a noite,
né ? Sou de ferro não bicho, afinal, Sophia não é de se jogar fora, fatão.
Queriamos despachar eles em qualquer lugar, Sophia teve a brilhante idéia de levarmos eles para a casa
de Lua, eles foram andando sozinhos, tive a leve impressão de que Arthur estava sóbrio, mas fingindo. Ator!
Não é atoa que trabalha com aqueles assuntos, mente tão bem ! Eu e Sophia abrimos a porta, e Arthur foi
logo puxando Lua para dentro. Quero nem saber o que eles vão fazer ! Peguei minha namorada pela mão e a
levei para minha casa. Hoje a noite promete ! Pelo jeito, não só para mim, né ? Vai nessa Arthur.

Arthur POV

Hoje é o golpe de mestre na Lua. Tudo bem que eu também quero desde aquele beijo, mas ninguém precisa
saber, né? Me fingi de bêbado, e ela realmente estava bêbada. Eu ia pegar ela hoje, e ela ia gostar. Mesmo
que não se lembrasse de nada no dia seguinte. Ah, ela ia ser minha hoje, ou não me chamo o ‘Supremo Aguiar’.
Aposto que depois dessa noite ela me esquece, e pra sempre. E eu vou esquecê-la, esquecer de sua pele
macia, de seu hálito doce, de sua pele quente e cheirosa... De tudo. E vou voltar a ser quem eu sempre fui.
O ‘supremo’ sem falhas, sem ponto fraco. O líder, e não existe ninguém abaixo de mim.
- Lua, sabe eu sempre te achei linda, maravilhosa. – eu dizia com a voz embargada perto do ouvido dela, eu
estava mentindo, eu acho.
- Eu também sempre te achei lindo – ela me disse beijando o meu rosto, e que beijo!
- Você fingia que me odiava, né? – eu perguntei fungando o cangote dela
- Não, eu realmente te odiava. Mas agora.. agora é diferente – ela disse me olhando
- Diferente como? – eu olhei nos olhos dela e neles vi sinceridade, não sei se foi bom ou ruim pela resposta depois
- Diferente de desejo, paixão. – seus olhos agora flamejavam e isso me excitou, muito.
- Seja minha hoje, Lua. Só minha. – eu disse a beijando com ardor, um beijo que me deixou em chamas só de
colar meus lábios nos dela

- Me faça sua, eu quero você Arthur – ela disse sorrindo, e foi minha deixa, eu a agarrei ali mesmo na
sala, minha boca invadiu a sua, nossas línguas se entrelaçavam e eu a empurrava para o quarto a jogando
na cama, eu beijava seu lóbulo da orelha descia pelo pescoço e invadia sua boca novamente. Eu já estava
sem blusa e ela de calcinha e sutiã. Admirei seu corpo perfeito e ela voltou a me beijar e eu tirava as
peças que faltavam pra ela ficar completamente nua, e eu ainda estava de cueca.
Me livrei da cueca rapidamente, e vi o olhar assustado de Lua observando meu"amiguinho", ainda vou
agradecer aos meus pais por me fazerem tão bem dotado, hehe. Distribui beijos pelos seus perfeitos seios
grandes, fazendo-a gemer baixinho.Ela entrelaçou suas pernas em volta de minha cintura, me apertando mais
contra ela. Comecei a dar lhe leves mordidas e chupadas nos seios,arrancando gemidos mais altos
- Arthur... - Gemeu baixinho
- Hum ?
- Quero você, e quero agora ! - Disse alto, mandona.Mal terminou de dizer, peguei uma camisinha do bolso de
minha calça, e comecei a penetrar devagar, logo depois aumentando o ritmo, lhe fazendo gemer alto e
descontroladamente,nossos corpos se encaixavam perfeitamente. Procurei desesperado por sua boca, lhe mordiscando
os lábios, ela acariciava minhas costas com suas mãos macias gemendo ainda mais alto, se é que é possível.
Lhe dava beijos estralados no pescoço, aumentando o ritmo das estocadas, fazendo com que Lua arranhasse
minhas costas. Mais algumas estocadas e atingimos a àpice do prazer.
- Arthur...- não conseguiu terminar, caiu exausta na cama, logo após caí ao seu lado, lhe puxando para um
abraço. Iria aproveitar, afinal, era a primeira e ùltima vez que faríamos aquilo.

Lua POV

Eu tentava abrir meus olhos com dificuldade, e o fazia vagarosamente. Minha cabeça estava explodindo, acho
que exagerei um pouco na bebida ontem...ok exagerei muito na bebida, mas onde eu estava afinal? Aos poucos
ia conseguindo abrir meus olhos, já conseguia ver um teto de cor gelo do meu quarto. Eu não me lembro quando
e como eu voltei pra casa, mas eu estava ali. Eu queria sentar, mas alguma coisa me impedia. Olhei para
baixo e lá estava uma mão masculina, entrelaçada na minha cintura e eu estava completamente nua. PERAE, NUA?
Olhei para a figura ao meu lado, era ele mesmo Arthur Aguiar em carne, osso e nudez. OMG, o que aconteceu?
FDP, ele abusou de mim! É hoje que eu MATO ele. Mas até que ele era lindo dormindo... sua mão macia em minha
pele... Ai meu Deus, ele ta acordando... voltei a fechar meus olhos fingindo dormir.
- Até que você é linda, Lua... Pena que vai me odiar quando acordar – ouvi a voz sonolenta dele e podia
sentir seu olhar em mim, comecei a fingir acordar e quando abri meus olhos lá estava ele sorrindo pra mim
- Bom dia! – o sorriso cínico dele era de irritar
- COMO EU CHEGUEI AQUI? E COM VOCÊ? - eu estava irritada, mas ver aquele tóraz definido me distraiu um pouco
- Como chegou aqui e comigo? É meio obvio não? – ele queria me irritar com a sua ironia e conseguiu
- SEU IDIOTA! Você abusou de uma mulher bêbada, isso é crime sabia? – eu disse praticamente gritando.

- Crime? Vai, denuncia então! Não tenho culpa se quando você bebe fica louca dando em cima de qualquer um.
Eu sou homem tenho necessidades, e não resisto a uma mulher no cio – ele disse sério e frio
- Eu não acredito... como você pode? E eu pensava que apesar de ser um completo idiota, você tinha
escrúpulos e o mínimo de sentimento. Mas você não passa de mais um moleque qualquer que só liga pra si
mesmo e não pensa nos outros. – lágrimas insistentes caiam sobre minha face e a frieza continuava nos olhos
dele
- Moleque sem escrúpulos e sentimentos? Você não pensou nisso quando gemeu de prazer nesta cama gritando o
meu nome, você pareceu ter gostado. – Ele disse se levantando tirando o lençol que enrolava suas partes
intimas e colocando sua cueca eu ainda estava enrolada no segundo lençol.
- Nunca, NUNCA mais olhe na minha cara. Entendeu, Arthur Aguiar? SAIA da minha casa e não volte mais. Quando
você passar na rua e eu estiver na mesma, finja que eu não existo. Sei que já posso ter dito isso, mas não
vou me cansar de repetir... EU TE ODEIO, ARTHUR AGUIAR! – eu me enrolei mais no lençol e empurrei ele em
direção a porta, pode ter me parecido um mínimo de tristeza em seus olhos antes de empurrá-lo porta afora,
mas tenho certeza que foi só impressão. Até porque pedra não tem sentimentos. Ao voltar para o meu quarto
minha única saída foi abraçar o travesseiro com o cheiro dele e chorar até minha raiva passar.
Arthur POV

Cá estou eu, vestindo minhas roupas do lado de fora, ouvindo o choro baixinho e as fungadas de Lua, me
sentindo um completo idiota, querendo estrangular e arrastar o rosto no asfalto do primeiro que aparecer.Bem
que meu pai dizia que sou nervoso, fazer o quê não é mesmo ? Por isso mesmo sou o que sou.
Mas chega, chega. Acabou Lua em minha vida, não quero nem lembrar que ela existe, ou pelo menos tentar
não lembrar, para não me sentir mais culpado ainda.
Vou embora, isso sim. Acredito que a partir de hoje, ela esqueça quem sou eu e o que fiz com ela, ou
queira se vingar. Merda !


Desconhecido POV

Vi quando o bobo da corte levou o Arthur e a loirinha para a casa dela. Certeza que aprontaram muito.Liguei
para meu chefe lhe dizendo tudo, e ele me pediu que esperasse. Ótimo ! Vou ter que esperar o supremo sair
da casa da loirinha, para poder segui-lo, que droga ! Ainda são nove da manhã, e eu quero dormir.
Olha lá, olha lá. O supremo saiu da casa dela, praguejando todos os nomes possíveis, mas saiu. Acho que
tudo não saiu como o esperado, e mais uma vez, tenho certeza de que seu ponto fraco é a Lia, ou será Luna ?
Ah, tanto faz. Ela é o ponto fraco dele e ponto final.
Lua POV

Ele queria me usar e depois jogar fora. E foi o que ele fez. Se quando ele beijou a Rayana se esquecendo do
nosso beijo me deixou magoada, agora eu estava com a cara no chão, estava completamente acabada. Eu estava
na sala, enrolada no edredom, com um balde de pipoca do lado e com o filme ‘Pânico 4’ passando na Sky. Do
lado de fora chovia, exatamente como estava o meu coração, um completo alagamento de raiva, frustração, medo,
ódio... Um misto de sentimentos...O que ele fez comigo não tem perdão Mas eu vou me vingar. Eu tenho que me
vingar. Ele vai pagar e muito caro. Olhei para o relógio, putz eu tava atrasada! Tirei o edredom rapidamente,
coloquei uma calça jeans escura, uma blusa qualquer, um casaco preto de capuz, o meu all star surrado,
prendi meu cabelo num coque frouxo, passei um gloss peguei minha bolsa. Abri a porta e o guarda-chuva,
coloquei o capuz e sai porta afora rumo a faculdade.
Chegue lá com a Sophia em frente ao portão principal andando de um lado para o outro que nem uma piruá
tonta. Ela estava aflita.
- Sophia? O que ta fazendo? – perguntei e ela fingia que não me ouvia e continuava a andar de um lado pro
outro
- Se você ta tentando fazer um buraco no chão, sinto te dizer que isso é cimento – praticamente gritei e
ela se virou pra mim
- Lua! Graças a Deus você chegou! Mas não é hora que fazer gracinha, ok? – ela disse me abraçando e
repreendendo ao mesmo tempo
- É hora que então? – perguntei
- De você me ajudar, desde ontem que eu não vejo o Chay. Ele sempre liga! O celular dele dá na caixa postal
e eu to preocupada! Você tem alguma noticia do Arthur? – ela perguntou aflita
- Claro que não! Porque teria? – eu perguntei ainda um pouco balançada de ouvir aquele nome
- Porque antes de ontem eu deixei vocês dois na sua casa, não lembra? – Sophia disse
- Eu estava meio alterada pra me lembrar, e além do mais eu o coloquei pra fora da minha casa ontem de manhã.
Depois não o vi mais. – eu disse com uma cara de nojo
- O que aconteceu entre vocês? – Sophia perguntou com uma cara maliciosa e eu fiquei rubra
- O assunto não era o Chay? – perguntei fugindo do assunto

- Tem razão, onde será que ele se meteu? – ela voltou a andar de um lado para o outro e aquilo estava me
irritando
- Não é a primeira vez que ele faz isso não é? Então pronto. Daqui a pouco ele volta e tudo volta a ser
flores. – eu disse sorrindo
- Pra você é fácil falar. Não gosta de verdade de ninguém... quem ama se preocupa. – ela continuou a andar
de um lado pro outro e com a sua fala eu lembrei de Arthur... do seu sorriso lindo, do seu beijo com gosto
de chocolate com hortelã...mas logo depois imaginei a dor em seus olhos e a agonia em sua face. Um solavanco
no meu coração e um aperto em meu peito me amedrontou. Eu comecei a sacudir a Sophia
- Chega, Soph! Andar de um lado pro outro não vai mudar nada! Mesmo eles podendo estar correndo perigo, só
nos resta esperar – disse enfim tentando tirar os pensamentos ruins da minha cabeça.
- De novo? Não pode ser... vou matar ele – ouvia ela sussurrar andando de um lado pro outro
Sophia POV


Lua me levou para sua casa, eu iria dormir lá. Ela tentava de todos os jeitos me acalmar, mas eu não
consegui ficar calma. Não se algo estivesse acontecendo com meu Chay, e como ele só anda com Arthur, Lua
provavelmente estaria aflita também, afinal, ela não pode dizer que não gosta dele. Mas não deve ter
acontecido nada ... Ou será que aconteceu ? AI MEU DEUS ! E se o... PIOR aconteceu ? Eles mortinhos da Silva
Ai não.
- Lua - disse chorosa - e se eles morreram ?
- Eles quem Sophia ? - Disse com ar de dúvida - E vira essa boca pra lá, claro que não morreram.
- Arthur e Chay, Lua. Você sabe que eles são grudados.
- Sei ...
- E então.
- Não, nada demais deve ter acontecido não.
Me deitei no colo de Lua, e me deixei dormir, afastando maus pensamentos de mim. E assim, aflita, se
passaram os dias, em que nem eu e nem Lua tinhamos notícias de Chay e nem de Arthur, que não estavam indo
a faculdade. Já estavamos mais que preocupadas. Temíamos que algo muito, muito ruim tivesse acontecido com
eles.

2 semanas depois ...

Lua POV

Agora eu estou realmente preocupada. No começo achei que era maluquice da cabeça da Sophia e que ela estava
exagerando, mas agora depois de duas semanas, sem noticias, sem aparecerem ou ao menos dar um sinal de vida.
Eu comecei a me preocupar, ou melhor a me desesperar junto com a Soph. No começo achei que eles tinham
feito uma viagem de ultima hora, depois eu achei que eles deviam ter perdido o vôo de volta. Mas agora, eu
achava que o avião tinha caído no meio do mato e eles tinham morrido sem ninguém saber o seu paradeiro.
Claro que eu nunca falaria isso na frente da Sophia. Até porque ela ta péssima. Não come direito, não quer
ir a faculdade, não se diverte... ela ta igual ao um robô e eu tenho medo de isso ser contagioso. Não o robô,
mas esse lance de gostar. Mas eu acho que eu peguei essa doença, mais ainda não entendo direito os sintomas.
O meu medo é de estar perto de eu constatar a doença, e o pior, uma doença sem cura. Ok, isso ta virando
meio dramático, Lua Blanco! Vamos pensar... qual é o local provável que o Chay e o Arthur estariam que a
gente ainda não havia procurado? A casa do Arthur, lógico! Eureca! Mas... onde é a casa do Arthur?
- Sophia! – fui correndo até o quarto onde ela estava deitada olhando pro teto, eu disse que ela tava
parecendo um robô.

- Presente! – ela disse, tentando fazer uma piada. Mas com voz de zumbi não deu muito certo
- Soph, você sabe onde é a casa do Arthur? – perguntei
- Você que tinha um caso com ele, como é que eu vou saber? – Sophia perguntou
- Droga! Ok, é hoje que vamos descobrir a casa do idiota. Eles só podem estar lá!
- Você acha que eles vão estar lá mesmo, Lua? – Sophia perguntou desacreditando
- Você tem idéia melhor? – perguntei irônica
- Não – ela me respondeu voltando a olhar pro teto
- Sai dessa, Naomi! E vamos pra faculdade! – disse puxando ela da cama
Saímos de casa no meu carro, e logo chegamos a faculdade. Fomos direto para a faculdade falar com a
cordenadora.

- Rose, por favorrrr, fala o endereço do Arthur - Suplicou Sophia, que era meio amiga dessa tal Rose.
- Não posso, você é o que dele ? Que eu saiba você é namorada do Chay, não do Arthur. - Disse querendo saber
o porque de Sophia querer o endereço de Arthur.
- Deixa de ser grossa, Rose ! Eu sou amiga do Arthur, mas ela aqui é namorada. - Sophia disse apontando para
mim. Eu ainda estrangulo essa loira.
- Que namorada é essa que não sabe onde o namorado mora ? - Rose falou levantando a sombrancelha com um ar
de dúvida.
- Érr, é... É que, sabe, o namoro é recente, e eu não sei onde ele mora. Preciso muito falar com ele, por
favorr, me dá o endereço dele Rose - Pedi suplicando assim como Sophia tinha feito à minutos atrás.
- Ok, Lua, ok. Vou confiar em vocês, e pelo menos tentar acreditar que estão dizendo a verdade. Tá aí o
endereço do Arthur
Eu e Sophia entramos no carro, e corri o quanto pude para chegar o mais rápido possível a casa de Arthur.
Quando cheguei no endereço indicado por Rose, me assustei ao ver a casa. Era simplesmente ... Gigante ! Os
portões eram pretos, grandes e bem decorados. O jardim tinha uma fonte de uma espécie de anjo, jorrando
àgua pela boca. Tinha muitas àrvores, e o caminho para a porta da casa [lê-se mansão] era demorado, pois
o jardim era e enorme.
Chegando na porta de sua gigante casa, nós tocamos a campainha, e fomos recebidas por Chay, que nos olhou
assustado. Logo Sophia pulou no seu pescoço, sufocando-o e ele começou a dar explicações para ela, que não
quis nem ouvir.Fui entrando sem pedir e subi as escadas, à procura de Arthur, fui abrindo porta por porta,
até chegar a um imenso quarto, que logo depois percebi ser sua suíte, e senti uma dor no peito quando o vi no estado que estava.
Arthur POV

Eu não estava muito bem. Na verdade, eu não estava nada bem. Sentia meu corpo tremer, e em algumas partes
doer. Sentia dor de cabeça e soava bastante. Até que vi um vulto loiro entrando em meu quarto. Onde estava
repousando por "problemas técnicos". E se aquele vulto loiro era Lua, o que ela estaria fazendo aqui ? Achei
que me esqueceria. Mas acho que estava errado.

Lua POV

Lá estava ele, na cama sem camisa e de moletom, uma parte do moletom na perna ele estava vermelho, assim
como o lençol branco abaixo dele. Era sangue. Apesar de desesperada e totalmente com medo, eu estava
totalmente paralisada com aquela visão. O seu peitoral definido a mostra, com aquele moletom surrado...eu
meio que fiquei boquiaberta. OK, eu sei que vocês devem estar me achando uma louca.. tipo o cara ta ali com
a ferido e você pensando naquilo? E eu respondo, é porque vocês não estavam no meu lugar. Arthur Aguiar até
ferido é extremamente sexy.
- Lua? – ouvi a voz rouca de Arthur me despertando, ele parecia anestesiado, drogado ou algo do tipo
- Arthur, o que aconteceu com você? – eu perguntei com nervosa
- Fica comigo, Lua? Só você pode ficar comigo...fica comigo por favor – a voz dele suplicava e a mão
estendida na minha direção me deixava constrangida
- No que você está metido, Arthur? Que tanto mistério é esse? – eu perguntei chegando perto dele e ponto a
mão na sua testa, ele ardia em febre
- Você está com febre e ferido! Precisa ir ao hospital! – eu estava nervosa, mas uma voz na porta do quarto
me interrompeu
- Sem hospital! Arthur tem um médico vindo aqui, não precisa de um hospital! – Chay estava nervoso
- Mas aqui não tem as mesmas aparelhagens, isso na perna dele é um tiro que eu sei! A bala precisa ser
retirada! – eu disse exasperada
- E vai! Amanhã o medico vai vir aqui e fazer todo o procedimento, e pronto! Sem hospital! – Chay
teimava, ai tem!
- Mas... – eu tentei retrucar mais ele me interrompeu
- Mas nada, você nem devia estar aqui! – Chay disse frio e duro
- Tudo bem, eu vou embora. Mas depois não diga que eu não avisei – eu disse me virando em direção a saída, mas uma voz me impediu de me mover
- NÃO! Ela fica! – era o Arthur.
- Como? – eu e Chay dissemos juntos
- Lua, vai ficar aqui. Eu preciso de você, por favor – ele olhava pra mim com o olhar mais lindo e puro, não tive como negar
- Tudo bem eu fico – eu disse com pouca certeza, espero não me arrepender disso depois.
Lua POV

Estava cuidando de Arthur, molhando paninhos e colocando em sua testa, para que a febre baixasse. Me
perguntava a todo instante, por que ele queria que eu ficasse com ele, justo quando estava doente ? Depois do
modo como me tratou, deixando meu coração estraçalhado, não esperava que quisesse justo minha companhia.
Percebi que o ferimento de sua perna estava sangrando, então puxei a barra da sua calça, deixando sua bela
coxa definida a mostra, peguei uma toalha molhada e enrolei em sua perna estancando o sangue.
- Arthur, quando o médico virá tirar a bala da sua perna? – perguntei preocupada
- Agora a tarde. – ele se limitou a responder isso
- Acho bom, se não tirá logo pode ocorrer uma inflamação e você amputar a perna – eu disse cautelosa
- Amputar? – ele se assustou
- Acalme-se, ainda não chegou a esse ponto, mas chegará em breve se esse médico não vier ainda hoje. – eu
disse o acalmando
- Eu tenho que te agradecer sinceramente – ele disse de repente mudando de assunto
- Por quê? – eu perguntei sem querer olhá-lo.
- Você aceitou vir cuidar de mim, mesmo depois de... – ele deu uma pausa e falou com a voz embargada – depois
aquilo.
- O que você fez foi péssimo, e ainda não te perdoei, mas eu não podia te deixar morrer aqui. Todo mundo merece
ajuda e uma segunda chance. A ajuda eu vou te dar, já a segunda chance...só o tempo vai dizer – eu disse
colocando mais uma toalha úmida em sua cabeça
- Mas mesmo assim eu te agradeço, você tem sido um anjo pra mim. A lua que ilumina minha noite escura – ele
disse sincero
- Tudo bem, agora tente dormir um pouco até o médico chegar, você precisa descansar. – eu disse acariciando
seus cabelos enquanto ele fechava os olhos e começava a pegar no sono.
Arthur POV

Me sentia péssimo. Não só por fora, como por dentro. Mesmo depois de tudo que fiz com Lua, supliquei para
que ela ficasse, e ela simplesmente ficou, mesmo dizendo que não me perdoou, não me abandonou nesta hora. E
eu tenho mais e mais a certeza de que só quero ela, só o MEU anjo. Mas não posso tê-la. E vou tratar de
apagar esses sentimentos que insistem em dar sinais de vidas a cada instante.
- Arthur ? - Lua me chamou baixinho
- Sim ? - Respondi igualmente baixo
- Hora de você tomar o remédio receitado pelo médico.- Disse num tom doce
- Médico ? Quando ? Onde - respondi rápido e 'avoado'
- O médico que veio aqui hoje, ué. Já tiraram a bala de sua perna, que apropósito, depois quero saber como
foi parar aí. - Falou com ar desconfiado.
- hum. - Me limitei a responder. Agora vou ter que arranjar uma ÓTIMA desculpa para ela.

- Tá, tá. - Soltei uma risadinha maléfica.
- Arthur, eu tenho medo dessa sua risada - Fez cara de espanto. Logo após, a peguei de surpresa, puxando-a
pela nuca, e iniciando um celinho. Logo minha língua pediu passagem, e ela cedeu. Ficamos num beijo lento e
apaixonante. Ficamos assim por alguns minutos, e quando paramos para recuperar o fôlego, ficamos envergonhados.
Senti suas bochechas corarem, e ela sair correndo do quarto
CONTINUA....


- Vai, abre a boca, vou te dar remédio - Lua disse sorrindo, coisa mais lin... Parou, parou, foco Arthur.
Assim que ela me deu o remédio, tenho certeza que fiz uma cara horrível, e ela soltou um risinho.
- Eca, eca Lua - disse fazendo uma careta - tenho dó de quem tem que tomar isso, tem gosto de sabão, argg -
dito isso, Lua soltou uma gargalhada gostosa, ai Deus, assim eu xono de vez.
- Arthurrrrr, você já comeu sabão ? - Perguntou parando de rir.
- Ei, não conta pra ninguém - fiz uma pausa - já, já comi sim. - respondi tímido. Pronto, ela começou a chorar
de tanto rir, se contorcia e soltava gargalhadas que só ela sabia dar.
- Para de rir, é sério, e foi sem querer, tá ? Xiuu - disse gesticulando com as mãos.
- Não dá. Você fala isso e não quer que eu imagine VOCÊ comendo sabão ? É pedir demais, não é ? - e começou
a rir denovo. Fiz um bico enorme, qual é ? Eu conto uma coisa constrangedora pra ela, e ela fica rindo ?
Sacanagem.
- Aii, tá, eu paro de rir, desmancha esse bico - Falou se aproximando de mim, sentando do meu lado - vai,
desmancha esse bico logo Arthur !

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